Com intuito de visibilizar a solidão da bicha preta, a narrativa se dá a partir da imagem figurada da noiva, enquanto uma idealização do amor romântico não vivido pela figura feminina menosprezada. A noiva configura um lugar inteligível, que na performance se desenrola pela ideia de projetar um vestido para esse casamento idealizado e vesti-lo na espera desse amor que não se faz presente.
O projeto aborda com base questões de solidão de corpos negros a dinâmica racial em recortes LGBTQ, salientando aspectos de gênero marginalizados. A artistA Allan desenvolve através da performance, o confeccionar de um vestido de noiva, ligando semanticamente a sua relação laboral enquanto costureira, como pano de fundo para relativizar a proximidade com a construção desse vestido mas a seu distanciamento baseado na vivencia da noiva.